O plano de Biden para cortejar eleitores velhos como ele
O presidente americano Joe Biden (foto) sofre críticas diárias e crescentes, mesmo dentro do seu partido, por ser velho. Com 81 anos, o virtual candidato a reeleição pelo partido Democrata já é o mais velho a governar o país e pode chegar até os 86 anos no fim de um segundo mandato. Talvez por isso,...
O presidente americano Joe Biden (foto) sofre críticas diárias e crescentes, mesmo dentro do seu partido, por ser velho. Com 81 anos, o virtual candidato a reeleição pelo partido Democrata já é o mais velho a governar o país e pode chegar até os 86 anos no fim de um segundo mandato.
Talvez por isso, ele tenha tanta aderência em um grupo-chave de eleitores: os com mais de 65 anos, onde o democrata pode vencer pela primeira vez em mais de duas décadas, indicam pesquisas recentes.
Um levantamento do Siena Institute, em parceria com o jornal The New York Times, mostra que o democrata tem clara vantagem no grupo: 51% contra 42% de Donald Trump, que prevaleceu neste grupo nas duas últimas eleições, uma delas contra o próprio Biden. Era algo que não acontecia desde 2000, quando Al Gore tinha leve vantagem neste eleitorado contra George W. Bush.
Analistas americanos apontam razões e vieses deste tipo de levantamento. Apesar de confiáveis, as pesquisas americanas são feitas por telefone, onde pessoas mais velhas são mais suscetíveis a atender o aparelho e responder pesquisas dos entrevistadores.
Ao mesmo tempo, o respeito do estrato mais idoso da população às instituições pode ter incentivado o voto em Biden, uma vez que a alternativa é Donald Trump, igualmente velho (fez 78 anos nesta sexta-feira, 14) mas com menor apreço às regras institucionais do país.
Essas mesmas premissas, no entanto, podem validar uma vantagem maior que o esperado de Donald Trump - que já lidera a corrida geral, mesmo em estados-chave na eleição. Isso porque Trump tem 45% da preferência entre eleitores de 18 a 29 anos, ante 47% de Biden. Como jovens costumam atender menos às pesquisas, é possível que os republicanos tenham a preferência dos jovens, algo não visto desde a eleição de George H. Bush em 1988.
O republicano (que era o presidente mais velho da história dos EUA até a chegada de Biden) ainda mantém vantagem de um a dois pontos percentuais sobre o democrata, indicam as pesquisas mais recentes.
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